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Ocesc realiza encontro na Copercampos para discutir Plano Agrícola
28/06/2017
Reunião contou com a presença de 17 cooperativas agrícolas que debateram sobre restrições do plano ao sistema cooperativista.
A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina – Ocesc, promoveu na manhã de terça-feira, 27 de junho, no auditório da Copercampos, em Campos Novos, encontro com representantes técnicos e do setor financeiro de 17 das 52 cooperativas agropecuárias representadas pela organização.
O encontro foi promovido para discussão sobre as restrições ao sistema cooperativista, presentes no Plano Agrícola 2017/2018, anunciando na primeira quinzena de junho pelo Governo Federal.
De acordo com o gerente de cooperativismo da Ocesc, Paulo Von Dokonal, embora não tenha havido redução no volume de recursos anunciados, de R$ 190 bilhões, há restrições, por exemplo, em crédito de custeio e aumento na taxa de juros em algumas linhas de financiamento, que penalizam diretamente as cooperativas, que tem como objetivo final, o atendimento ao produtor rural.
“O plano agrícola trouxe consigo uma série de inovações, inclusive de restrições ao sistema cooperativo, dificultando sobremaneira o crédito rural daqui para frente e as cooperativas são grandes tomadoras de crédito rural, precisam de recursos para desenvolver as suas atividades. Uma das restrições mais sérias diz respeito ao crédito de custeio. As cooperativas adquirem antecipadamente insumos para oferecer aos seus cooperados e o novo plano agrícola exige que ao ser encaminhado ao agente financeiro o projeto para obtenção de recursos, seja informado o nome de cada produtor, CPF e quanto ele vai usar de insumo na safra futura”.
A exigência é considerada absurda pelo gerente cooperativista, tendo em vista que o plantio da nova safra só inicia em setembro e não há como antecipar pelas cooperativas o valor de recurso e a quantidade de insumos que cada produtor irá utilizar. Nos planos anteriores, as cooperativas financiavam, obtinham os recursos, comprovam os insumos e informavam posteriormente, o volume de produto utilizado.
Outro questionamento é quanto aos juros, que se comparados à inflação de maio, é 200% superior. “Efetivamente algumas linhas de financiamento de programas hoje tem como encargos financeiros TJLP, mais 3,7%, totalizando 12,7%. Para uma inflação declarada de 3,92% fechada no mês de maio, o crédito rural em alguns aspectos vai custar para o produtor 200% a mais do que a inflação e a agricultura não suporta um juro desta natureza, isso só falando nas cooperativas”, criticou Paulo.
Como entidade representativa do setor agropecuário, entre outros segmentos em Santa Catarina, a
Ocesc irá se posicionar quanto a estes e outros entraves levantados no plano agrícola, diante de várias reclamações que chegaram à organização. “Diante do descontentamento do que foi publicado e da reunião realizada em Campos Novos, saíram algumas conclusões que serão encaminhadas à Brasília, por meio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), para que possa defender e resolver estas pendengas que o plano agrícola trouxe no seu bojo. E uma das conclusões é que as cooperativas não irão reduzir limite de financiamento, porque o plano agrícola trouxe uma redução de limites de financiamento por cooperativa e por produtor até 2020. Queremos voltar ao que era antes, para tomar recursos com mais facilidade”, considerou ainda o gerente cooperativista.
Paulo afirmou também que o plano agrícola é analisado e discutido desde o mês de janeiro de cada ano e embora tenham ocorrido várias reuniões, duas semanas antes da divulgação, o governo decidiu promover mudanças sem consultar o setor. “Então a decisão foi de cima para baixo e não de baixo para cima”, concluiu, observando que ação de protesto deve ser adotada também pelos estados do Paraná e Rio Grande do Sul.
A Ocesc representa 265 cooperativas em 12 ramos de atividades, que reúnem 60 mil colaboradores e 2 milhões de cooperados em Santa Catarina.
A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina – Ocesc, promoveu na manhã de terça-feira, 27 de junho, no auditório da Copercampos, em Campos Novos, encontro com representantes técnicos e do setor financeiro de 17 das 52 cooperativas agropecuárias representadas pela organização.
O encontro foi promovido para discussão sobre as restrições ao sistema cooperativista, presentes no Plano Agrícola 2017/2018, anunciando na primeira quinzena de junho pelo Governo Federal.
De acordo com o gerente de cooperativismo da Ocesc, Paulo Von Dokonal, embora não tenha havido redução no volume de recursos anunciados, de R$ 190 bilhões, há restrições, por exemplo, em crédito de custeio e aumento na taxa de juros em algumas linhas de financiamento, que penalizam diretamente as cooperativas, que tem como objetivo final, o atendimento ao produtor rural.
“O plano agrícola trouxe consigo uma série de inovações, inclusive de restrições ao sistema cooperativo, dificultando sobremaneira o crédito rural daqui para frente e as cooperativas são grandes tomadoras de crédito rural, precisam de recursos para desenvolver as suas atividades. Uma das restrições mais sérias diz respeito ao crédito de custeio. As cooperativas adquirem antecipadamente insumos para oferecer aos seus cooperados e o novo plano agrícola exige que ao ser encaminhado ao agente financeiro o projeto para obtenção de recursos, seja informado o nome de cada produtor, CPF e quanto ele vai usar de insumo na safra futura”.
A exigência é considerada absurda pelo gerente cooperativista, tendo em vista que o plantio da nova safra só inicia em setembro e não há como antecipar pelas cooperativas o valor de recurso e a quantidade de insumos que cada produtor irá utilizar. Nos planos anteriores, as cooperativas financiavam, obtinham os recursos, comprovam os insumos e informavam posteriormente, o volume de produto utilizado.
Outro questionamento é quanto aos juros, que se comparados à inflação de maio, é 200% superior. “Efetivamente algumas linhas de financiamento de programas hoje tem como encargos financeiros TJLP, mais 3,7%, totalizando 12,7%. Para uma inflação declarada de 3,92% fechada no mês de maio, o crédito rural em alguns aspectos vai custar para o produtor 200% a mais do que a inflação e a agricultura não suporta um juro desta natureza, isso só falando nas cooperativas”, criticou Paulo.
Como entidade representativa do setor agropecuário, entre outros segmentos em Santa Catarina, a
Ocesc irá se posicionar quanto a estes e outros entraves levantados no plano agrícola, diante de várias reclamações que chegaram à organização. “Diante do descontentamento do que foi publicado e da reunião realizada em Campos Novos, saíram algumas conclusões que serão encaminhadas à Brasília, por meio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), para que possa defender e resolver estas pendengas que o plano agrícola trouxe no seu bojo. E uma das conclusões é que as cooperativas não irão reduzir limite de financiamento, porque o plano agrícola trouxe uma redução de limites de financiamento por cooperativa e por produtor até 2020. Queremos voltar ao que era antes, para tomar recursos com mais facilidade”, considerou ainda o gerente cooperativista.
Paulo afirmou também que o plano agrícola é analisado e discutido desde o mês de janeiro de cada ano e embora tenham ocorrido várias reuniões, duas semanas antes da divulgação, o governo decidiu promover mudanças sem consultar o setor. “Então a decisão foi de cima para baixo e não de baixo para cima”, concluiu, observando que ação de protesto deve ser adotada também pelos estados do Paraná e Rio Grande do Sul.
A Ocesc representa 265 cooperativas em 12 ramos de atividades, que reúnem 60 mil colaboradores e 2 milhões de cooperados em Santa Catarina.