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NOTÍCIAS

Palestra sobre mercado é realizada na Copercampos. Mercado de olho na América do Sul

27/11/2017

Produtores rurais associados da Copercampos e profissionais da cooperativa que atuam na área de mercado de grãos participaram no dia 24 de novembro, em Campos Novos, de palestra sobre as expectativas e tendências do mercado de soja e milho, além do cambio, para os próximos meses.

No encontro, o Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone Leonardo Martini, destacou o cenário atual e as projeções da empresa para o mercado mundial. Segundo Leonardo, o final de ano está finalizando com safra cheia nos Estados Unidos e após um ciclo de clima mais adverso do que o último, os americanos mostraram novamente um potencial produtivo excelente e irão finalizar a colheita com rendimento médio acima de 55 scs/ha e uma safra total acima de 120 milhões de toneladas.

“Isso faz com que eles tenham uma boa recomposição dos estoques de soja, trazendo um pouco mais de pressão aos preços na bolsa de Chicago. Do outro lado temos a América do Sul plantando a todo o vapor, após o início de ciclo um pouco atrasado em função da falta de chuvas em algumas regiões e até o momento temos uma expectativa de uma safra andando normalmente com potencial para atingir em torno de 107 milhões de toneladas e um rendimento médio de 50 scs/ha. Confirmando novamente safras cheias consecutivas ficamos sem muitas expectativas de reação nas cotações de Chicago, porém a pressão nos preços está sendo diminuída pela forte demanda, principalmente da China que continua comprando volumes recordes e absorvendo essa oferta robusta. O que pode ainda trazer movimento aos preços é realmente o impacto do clima no enchimento e desenvolvimento da safra na América do Sul, pois se a safra for menor do que as previsões os preços precisam se elevar para conter a demanda forte pela soja”, explicou Leonardo.

No relatório do mês de novembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos -USDA divulgou os últimos números da safra americana e expectativas para a safra da América do Sul, mantendo o rendimento da soja inalterado, confirmando as expectativas de safras robustas ao redor do mundo apesar do clima mais adverso em comparação ao último ciclo produtivo e confirmando as apostas em um grande consumo da China como se visualizou neste ano.

Já o mercado de milho está com ritmo lento, tanto no mercado interno quanto no mercado externo em função de grandes safras ao redor do mundo abastecendo os mercados consumidores e mantendo os estoques em níveis recordes. “Os Estados Unidos apesar da forte redução da área plantada, fecha o ciclo com uma safra acima de 360 milhões de toneladas e estoques em torno de 59 milhões de toneladas, bem próximos dos números registrados neste último ano. Os americanos precisam de mais um ano com números elevados de consumo interno e exportações para tentar retirar esse milho do mercado a fim de que isso traga um gás para os preços da bolsa de Chicago subirem, do contrário não devemos força para altas. No Brasil após a finalização de uma safra 2016/17 gigantesca acima de 97 milhões de toneladas, iniciamos o plantio 2017/18 reduzindo a área de milho verão consideravelmente e o investimento em tecnologia para a safra inverno também será bastante reduzido, por isso estimamos até o momento uma safra em torno de 9 a 10 milhões de toneladas menor do que vimos neste ano. Contudo, com estoques de passagem na casa de 20 milhões de toneladas, o ano de 2018 deve ser mais uma vez de preços pressionados sem grandes perspectivas de altas, jogando mais uma vez a chance de melhora nos preços para o clima que pode trazer quebras para os estados do Mato Grosso e Goiás, que irão plantar uma parte do milho inverno fora da janela ideal, caso isso não ocorra, os estoques, mais o volume da nova safra serão mais do que suficientes para abastecer as indústrias de consumo do país”, completou o consultor.

Quanto ao cenário cambial, Leonardo destacou que está bastante impactado nas últimas semanas pelas atenções voltadas para o cenário externo, além disso, no cenário interno a moeda americana voltou a avançar, com um misto de incertezas relativas ao avanço da Reforma da Previdência propostas pelo governo Temer. “Nos Estados Unidos tivemos a nomeação do novo presidente do Banco Central e a divulgação dos indicadores econômicos acima das expectativas do mercado, mostrando que a economia americana continua crescendo e gerando empregos, isso acaba fazendo com que os investidores tirem o dinheiro de países emergentes (como o Brasil) ocasionando a alta do dólar. Além disso, a aprovação da reforma tributária pela Câmara trouxe um gás a mais para o mercado nas últimas semanas, e caso aprovada no senado pode subir um pouco mais. Após determinar a expansão na projeção de déficit das contas públicas em 2017 e 2018 para R$ 159 bilhões, o governo tornou imprescindível a aprovação da Reforma da Previdência e de outras medidas de ajuste para atender à meta fiscal. Entretanto, as condições políticas mais incertas, em vista dos sinais dados pela base aliada de que pode dificultar a aprovação da meta fiscal e das discordâncias exacerbadas dentro e entre os partidos que apoiam o governo Temer com a aproximação das eleições no próximo ano, limitam as perspectivas de avanço nas reformas econômicas. A agenda legislativa deve forçar para tentar votar o mais rápido possível a reforma previdenciária, trazendo um pouco mais os níveis do cambio pra baixo. Essas razões continuarão a trazer volatilidade ao câmbio pelas próximas semanas podendo fazer com que este oscile entre R$ 3,20 a R$ 3,30 neste período de indefinições até o final do ano”, finalizou.
 
 
 
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