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Manejo do mofo branco – Eng. Agrônoma alerta para cuidados neste período de floração da soja

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A doença do Mofo-branco causou grandes perdas na safra passada e nesta safra, ela tem tudo para causar mais estragos. Saiba o que é preciso fazer para controlar a doença.

A doença do mofo-branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, foi a grande vilã da produção de soja na safra 2017/18 na região de Campos Novos. Os produtores sentiram no bolso a severidade da doença e nesta safra, algumas ações preventivas ainda podem ser tomadas para que esta doença não tire o lucro dos sojicultores.

Conhecida como inimiga oculta das lavouras, a doença depende da colaboração do clima para se propagar. O patógeno presente nas lavouras da região, manifesta-se com maior severidade quando o tempo está chuvoso, temperatura amena e alta umidade relativa do ar.

A principal forma de infecção das plantas de soja ocorre pelos ascósporos do fungo, que são produzidos nos apotécios, decorrentes da germinação dos escleródios. Esses ascósporos colonizam preferencialmente as pétalas das flores da soja, que servem de substrato para o fungo no início da infecção nas hastes e nos pecíolos. Um escleródio grande pode originar até 15 ou 20 apotécios que liberam ascósporos continuamente por 2 a 17 dias, podendo produzir até dois milhões de ascósporos por cada apotécio.
 

De acordo com a Engenheira Agrônoma da Copercampos Mirela Bertoncello, o objetivo do produtor deve ser de reduzir o inóculo (escleródios no solo), assim como a redução da incidência e de sua taxa de progresso. A redução de inóculo no solo é conseguida pela inviabilização dos escleródios no solo e pela diminuição da produção de escleródios nas plantas doentes. “Entre as medidas necessárias destacamos a formação de palhada para cobertura do solo, preferencialmente oriunda de gramíneas, rotação de culturas não hospedeiras do patógeno; emprego de controle biológico através da infestação do solo com agentes antagonistas; utilização de sementes de boa qualidade e tratadas com fungicidas adequados e o emprego de controle químico através de pulverizações foliares no período de maior vulnerabilidade da soja, que compreende o início da floração ou fechamento das entrelinhas até o início de formação de vagens”, ressaltou.

A escolha de cultivares também pode interferir na incidência da doença. Cultivares com arquitetura de plantas que favoreça uma boa aeração entre plantas e com período mais curto de florescimento, e a utilização de população de plantas e espaçamento entre linhas adequados às cultivares contribuem significativamente na redução da dispersão do fungo S. sclerotiorum.

Os fungicidas que apresentaram os melhores níveis de controle nas lavouras são a base de fluazinam, procimidona e dimoxistrobina + boscalida. Contudo, o percentual máximo de controle, segundo a última circular técnica da Embrapa, foi de 81% e ainda ocorre a produção de escleródios. Assim fica evidente a necessidade de controle desse patógeno na entressafra utilizando todas as ações do manejo integrado da doença.

“Temos alertado os produtores para a adoção de técnicas para controlar essa doença. Momento da aplicação, número e intervalo entre aplicações, além da tecnologia de aplicação utilizada interferem neste manejo. Recomendamos a aplicação com um intervalo de 7 - 10 dias para reduzir ao máximo essas perdas. As plantas precisam ser protegidas pelos fungicidas entre os estádios R1 (início de florescimento) e final de R4 (formação das vagens), caso haja presença de apotécios na lavoura”, comenta ainda Mirela.

Manejo biológico

Em condições de campo, escleródios podem ser atacados e degradados por microparasitas como fungos e bactérias. Dentre esses microrganismos, algumas espécies do fungo Trichoderma e da bactéria Bacillus se destacam entre os antagonistas mais eficientes de patógenos habitantes do solo, existindo algumas formulações comerciais já registradas;

A aplicação de antagonistas deve ser feita antes da germinação dos escleródios, ou seja, quando o escleródio se encontra em repouso na superfície do solo, por estar mais vulnerável ao ataque.

Para o bom funcionamento do controle biológico, condições de ambiente semelhantes às que favorecem a germinação dos escleródios são necessárias para o estabelecimento dos agentes de biocontrole, cujas estruturas de reprodução são mais sensíveis e dependentes de umidade e sombreamento do solo, assim como de temperaturas amenas. Por esta razão, o sistema de semeadura direta sobre palhada de gramíneas tem se mostrado um pré-requisito para o sucesso desta medida de controle.
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