Assim como na safra anterior, técnicos da Copercampos estão identificando a presença de focos de ferrugem linear em lavouras de trigo na região de Campos Novos/SC. A doença se espalha rapidamente pelo ar. O ciclo da doença é rápido, entre 5 e 6 dias, e cresce exponencialmente.

De acordo com a Eng. Agrônoma Larissa Bones, a equipe está monitorando a presença da doença nas áreas e recomendando aplicações de fungicidas, a fim de evitar perdas. A ferrugem linear ataca as folhas principais do trigo, prejudicando a fotossíntese e demandando mais energia da planta para respirar, retirando potencial de enchimento dos grãos.

A ferrugem linear difere da ferrugem da folha (causada por Puccinia triticina) pela presença de pústulas paralelas às nervuras da folha, organizadas de forma linear. Porém, os primeiros sintomas podem confundir com os de ferrugem da folha, visto que de início, as pústulas também podem estar aglomeradas. Temperaturas mais baixas (entre 5°C e 15°C) são ideais para o desenvolvimento da doença.

Em 2017, por exemplo, a Argentina enfrentou uma epidemia da doença e teve sua produção derrubada em 71%.