• Linkedin
  • Twitter
  • Instagram
  • Facebook
  • Newsletter Revista Copercampos
  • Intranet
  • Compras
  • Segurança e Privacidade

NOTÍCIAS

Artigo - Em busca de melhor Conversão Alimentar na fase de terminação em suínos

01/12/2021

Por Rafael Lazari – Técnico Agrícola da Copercampos

Quando falamos em buscar melhor desempenho e maior lucratividade em suínos na fase de crescimento e terminação, precisamos ficar atentos a vários fatores que podem ter grande influência. Na suinocultura atual, entre vários índices zootécnicos que são usados para medida de desempenho e lucratividade, devido ao aumento do custo das matérias primas como milho, farelo de soja entre outros, a Conversão Alimentar é um dos índices zootécnicos com maior impacto econômico na suinocultura moderna. Sendo assim, é de extrema importância a colaboração e engajamento de todos os setores que fazem parte da cadeia produtiva na busca de melhores conversões alimentares, como as empresa de genética, granjas produtoras de suínos, entregando a fase de terminação animais de qualidade, com peso e sanidade adequada para melhor desenvolvimento do animal, fábrica de ração através de qualidade e segurança de ingredientes e não menos importante produtores em fase de terminação, funcionários e equipe técnica.

Para falarmos de conversão alimentar é preciso entendermos qual o seu real significado, que nada mais é de quantos quilos de ração o suíno consome para ganhar um quilo de peso vivo. Com o aumento das exportações, aumentaram as exigências dos mercados externos por uma carcaça de suínos mais pesada. Hoje a exigência da maioria dos frigoríficos é de suínos acima de 125 quilos de peso vivo, ou de carcaças acima de 92 kg. Sendo assim, a conversão alimentar é ajustada para 125 quilos, para que seja possível avaliar os índices zootécnicos dos lotes abatidos com maior e menor peso da mesma forma, ajustando a conversão de todos os lotes para 125 quilos.

São inúmeros os fatores que influenciam na melhor conversão alimentar na fase de terminação, tais como: genética, peso do leitão alojado, consumo de ração, tipo de comedouros, tipo de bebedouros, sanidade, tipo de dieta, qualidade da dieta, tamanho de grupo, sexo do animal, manejo do produtor e funcionário, tipo de instalações, qualidade de água, temperatura ambiente, qualidade do ar, entre outras.

Hoje vamos escolher alguns fatores que podem afetar na conversão alimentar principalmente relacionados ao conforto dos animais e bem-estar dos animais e ao desperdício de ração, como mal regulagem dos comedouros e fornecimento excessivo de ração em diferentes fases de terminação.

1.  Temperatura
A temperatura como em outras fazes de criação, continua sendo de extrema importância, sabemos que apesar do suíno nas primeiras fazes de terminação ter a temperatura de conforto entre 20 a 22°C e nas fazes finais o conforto térmico ser de 18 a 20°C, o grande problema se dá com a variação térmica durante um período de 24hs. Ou seja, estudos apontam que variação acima de 8°C já causam desconforto nos animais e em consequência desiquilíbrio no consumo de ração. Na região sul é comum isso acontecer, principalmente na primavera e outono, aonde temos temperatura alta durante o dia e frio durante a noite. Um bom manejo de cortina é fundamental nesta fase além de ações durante as horas quentes do dia como uso de ventilação forçada e sombreamento.

2. Qualidade do ar
Quando falamos em qualidade do ar já lembramos novamente em temperatura ambiente, mas se trata de outro fator muito importante, devido à má qualidade de ar causada pelo auto índice de amônia, CO2, falta de ventilação, podendo além do desconforto dos animais e não atender assim o bem estar animal, pode ocasionar em baixa de imunidade nos animais, proporcionado um ambiente propício para a entrada ou piora do índice de doenças nos suínos, podendo além da perda de desempenho e consequência piora na Conversão alimentar aumentar o índice de mortalidade. As ações recomendadas para melhoria de qualidade de ar é manter boa limpeza da instalação, manter boa ventilação na instalação, fazer ventilação higiênica, ou seja, mesmo em dias frios abaixar as cortinas por alguns minutos para ventilar e retirar o CO2 e amônia da instalação. A quantidade de amônia tolerada são de 10 ppm e a quantidade de CO2 tolerada é no máximo 2000 ppm. Realizar a medição destes índices ajuda a avaliar situações de estresse e possivelmente piora na conversão alimentar.

3. Consumo de água
Além da qualidade de água que deve atender as normas para ser fornecida aos animais, é importante ficarmos atentos para a quantidade de água fornecida aos animais. Primeiramente é necessário ter a quantidade de bebedouros adequados por baias na fase de terminação.

Bebedouros do tipo “chupetas” precisam atender a relação de no mínimo 01 chupeta para cada 10 suínos alojados na baia, lembrado que as chupetas em comedouros automáticos são utilizados como umedecedores de ração e não devem ser considerados como bebedouros. Também outro ponto importante é a vazão de água por bebedouro na fase de terminação, que precisa ter de 1 a 2 litros por minuto. A falta ou diminuição do fornecimento de água, causa estresse, desconforto podendo ocasionar canibalismo, provoca a redução do consumo de ração afetando diretamente a conversão alimentar.

4. Limpeza de baia
Podemos pensar que a limpeza das baias não tem interferência na conversão alimentar, mas pelo contrário. Como vimos acima a limpeza de baia tem grande interferência na qualidade de ar, podendo elevar muito o índice de CO2 e amônia, acarretando em grandes problemas. Além de que a poeira dentro das instalações em corredores, em cima de muretas e mesmo dentro da baia causam muita irritação, espirros e desconforto aos animais. Portanto raspar as baias diariamente duas vezes ao dia evitando assim o acumulo de gases dentro da instalação, manter um nível de poeira baixo na pocilga varrendo e/ou lavando corredores e varrendo as baias em horários quentes com a cortina abaixada é uma ação necessária para melhorar a ambiência, melhorando assim o conforto dos animais e proporcionando melhor consumo e ganho de peso, consequentemente melhorando assim a conversão alimentar. 

5. Manejo de comedouros
O manejo de comedouros tanto em comedouros lineares ou comedouros automáticos são de importância direta para o desempenho dos animais e para a conversão alimentar. Sabemos que até os 70 dias de alojamento em terminação os animais tem o melhor desempenho e em consequência melhor conversão alimentar. Então nesta fase é necessário que os animais consumam quantidade de ração praticamente a vontade, sem desperdício. Já na fase final de terminação os suínos tem maior deposição de gordura e se não tivermos boa regulagem dos comedouros e fornecer somente o necessário de ração, com certeza teremos piora drástica da conversão alimentar. É importante o acompanhamento do consumo de ração pela tabela, onde podemos evidenciar antecipadamente diferenças de consumo e assim acertar a regulagem dos comedouros. Em finais de lote podem ocorrer necessidade de restrição alimentar de algumas horas, em lotes com consumo de ração muito elevados. Ação recomendada para controle de consumo é manter comedouro com boa manutenção proporcionando regulagem adequada para cada fase de crescimento.
voltar

ENDEREÇO

Rodovia BR 282 - Km 342 - Nº 23
Bairro Boa Vista - Caixa Postal 161
CEP 89620-000 - Campos Novos/SC

Localizar no Google

CONTATO

FONE: 49 3541 6000

  • Linkedin
  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter