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NOTÍCIAS

Clima: Extremos na safra de verão

06/09/2011

Luiz Renato Lazinski, metereologista do Inmet realiza debate com integrantes do Comitê Tecnológico Copercampos e destaca previsões climáticas para a safra de verão na região de Campos Novos

O Comitê Tecnológico Copercampos esteve reunido no dia 22 de agosto no auditório do Departamento Administrativo e durante o encontro, o Metereologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Luiz Renato Lazinski esteve apresentando um panorama de previsões climáticas para esta safra de verão que se aproxima.

A reunião contou com a participação do diretor presidente da Copercampos Luiz Carlos Chiocca, diretor vice-presidente Cláudio Hartmann, diretor executivo Laerte Izaias Thibes Júnior, e integrantes do Comitê Tecnológico formado por técnicos da Copercampos e produtores associados formados na área.

De acordo com Luiz Renato Lazinski, até o final de 2011 o clima estará neutro, porém este sistema é de extremos, sem meia estação, como se mantém em anos com a presença do fenômeno La Niña. “Até o final deste ano teremos um clima neutro, mas de extremos, que é característico deste sistema. Teremos semanas de muito calor e dias de muito frio e até o final de setembro, se projeta de duas ou três ondas de frio que podem ocasionar geadas no tarde, prejudicando assim, a semeadura da safra de verão”, comenta.

Quanto às chuvas, Lazinski ressalta que entre setembro e outubro não haverá problemas. “No fenômeno El Niño temos chuvas bem distribuídas, e isso é o ideal, mas não teremos grandes problemas com falta de chuvas neste período de neutralidade. Poderemos ter períodos de 12 a 15 dias sem chuvas, mas isso em novembro e dezembro, porém nossos solos estarão bem supridos com umidade e eles aguentam este período sem problemas maiores”, ressalta.

O metereologista destaca que para o início do ano de 2012, há volta do fenômeno La Niña. Segundo Lazinski estes fenômenos não são cíclicos. “Nós estávamos com La Niña, agora estamos passando por uma situação neutra e a tendência é voltar a ter o La Niña. Mas até janeiro sem grandes preocupações quanto à chuva e a partir de fevereiro e março, as chuvas devem ficar menos frequentes e estas serão mal distribuídas, mas para o início do desenvolvimento das culturas, esperamos que não se tenham problemas com falta de chuvas”.

O clima é o mais importante para a lavoura

“Hoje se tem uma tecnologia diferenciada na agricultura. Temos opções de manejo de pragas, de plantas daninhas, um maquinário específico e o produtor só não têm como prever uma coisa que é o clima, então, ele o produtor faz tudo certo, mas depende das chuvas. Nos dois últimos anos tivemos boas precipitações chuvosas e não tivemos problemas, mas é aquilo que eu sempre afirmo: o clima é aquele fator fundamental para o sucesso de nossas lavouras, justamente porque o agricultor não tem como mexer nesta ação essencial para as culturas”, comenta.

Ano de contrastes e previsões de granizo e ventos fortes

“Neste período neutro temos muitos contrastes. Tivemos semanas já de calor atípico e o frio intenso em outros dias. Essa instabilidade favorece a ocorrência de granizo e ventos fortes. Neste momento não se descartam geadas tardias também e não temos como dizer quando isso ocorrerá, mas acredita-se que se tenham duas ou três ondas de frios intensas que devem provocar geadas. Quanto à ocorrência de granizo e de ventos fortes, estas condições climáticas estão firmes devido aos contrastes. Estas ondas de calor e frio favorecem o granizo e isto será localizado, prejudicando determinadas regiões agrícolas próximas a Campos Novos. Isso sempre aconteceu e é normal do clima, então teremos essas ações ainda neste ano”, finaliza.
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